sábado, 3 de maio de 2008

Crianças concluem curso de 'tolerância religiosa' na Escócia

Publicada em 29/04/2008 às 19h59m - BBC


Um grupo de estudantes de duas escolas primárias em Glasgow, na Escócia, foi "aprovado" em um curso pioneiro cujo propósito é combater a intolerância religiosa. Ao todo, 70 alunos de duas escolas - uma católica, outra de maioria protestante - concluíram o curso de seis meses criado para formar laços de amizade e celebrar as diferenças entre as crianças.

Para incentivar o foco profissional, os estudantes também aprenderam sobre áreas diversas de atividade, como moda, design e artes gráficas. Os idealizadores do curso pretendem acompanhar os alunos durante o nível secundário e mais adiante, para avaliar se a experiência teve de fato um impacto positivo.

O curso teve início em outubro de 2007 e envolveu alunos das escolas Sandaig Primary, no bairro de Barlanark, e St Stephen's Primary, em Sighthill. Os alunos tiveram a oportunidade de conviver enquanto assistiam às aulas nos colégios North Glasgow College ou Metropolitan College, todas as sextas-feiras pela manhã. Nesta terça-feira, os alunos receberam um certificado especial em uma cerimônia na prefeitura da cidade.


Histórico

A intolerância religiosa afeta a sociedade escocesa desde o século 20, e é mais concentrada na cidade de Glasgow. Ela teve início após a entrada no país, de maioria protestante, de católicos irlandeses que migraram para a região nos séculos 19 e 20 em busca de empregos nas indústrias locais. Em Glasgow e em regiões no oeste da Escócia, as crianças ainda tendem a freqüentar escolas católicas ou protestantes. A rivalidade religiosa também se reflete na escolha dos times de futebol: os protestantes torcem para os Rangers, os católicos, para o Celtic.


Fonte: O Globo Online

Para mais notícias, visite o site da BBC Brasil

Blogged with the Flock Browser

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Ecumenismo, Direitos Humanos e PAZ


A Experiência do Fórum Ecumênico Brasil

Publicação do Fórum Ecumênico Brasil (FE-Brasil)

Edição de KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço





Baixe aqui a versão em PDF da Publicação

APRESENTAÇÃO

Este livro é antes de tudo um testemunho. O caminhar conjunto de igrejas e entidades ecumênicas no Brasil, reunidas no Fórum Ecumênico Brasil, trouxe à tona a profunda vontade de tornar pública sua trajetória. Processo no qual já haviam se inserido irmãos e irmãs, de Creas, entidade ecumênica na Argentina.

Mais que o passo a passo, lado a lado, também se quer expressar um pouco do por onde e do com quem atuamos, juntos e cada um de nós. Para tanto fizemos uma escolha iluminada pela década que atravessamos, a “Década Ecumênica para Superar a Violência”, a fim de mostrar nosso labor pela afirmação do Ecumenismo, dos Direitos Humanos e da Paz.

Sabemos que estamos em tempos de sobrevivência pragmática, fragmentação de valores e de identidades. Enfim, de regras e valores de mercado. Estamos conscientes, também, de que a família ecumênica, consciente ou inconscientemente, em muitas ocasiões compartilhou desses falsos valores, ou seja, o quanto andou pecando ao competir em vez de compartilhar. Para viver nestes tempos, e enfrentá-los serenamente, nada melhor que bons testemunhos de fraternidade e partilha. E é isto que queremos compartilhar com os participantes da 9ª Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas.

É neste espírito que esta publicação se estrutura: com um pouco de história (primeiro capítulo); parte de nossas reflexões (segundo capítulo); exemplos de nossos testemunhos (terceiro capítulo); um apanhado de várias de nossas iniciativas particulares por direitos e paz (quarto capítulo); e um pouco mais de informações sobre cada um de nós (quinto capítulo).

O Fórum Ecumênico Brasil quer ser visto, junto ao público, e por meio desta publicação, como um espaço ecumênico impregnado por valores de partilha e da não competição, onde cada parte se vê representada pela ação dos integrantes dessa família. Especialmente aquelas ações em favor da unidade dos cristãos, da unidade no diálogo com aqueles que expressam outra fé, e da unidade na luta pela justiça, paz e a integridade da criação.

Somos Igrejas: Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Metodista, Igreja Presbiteriana Unida do Brasil, Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, Igreja Ortodoxa Siriana e Igreja Católica Apostólica

Romana. Somos Conselhos de Igrejas: Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) e Conselho Latino-Americano de Igrejas (Clai-Região Brasil) Somos Entidades Ecumênicas: Cento de Estudos Bíblicos (Cebi); Centro Ecumênico de Evangelização, capacitação e Assessoria (Ceca); Comissão Ecumênica dos Direitos da Terra (Cediter); Centro Regional Ecuménico de Asesoría y Servicio (Creas-Argentina); Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Cese); Centro Ecumênico de Serviço à Evangelização e Educação Popular (Cesep); Diaconia; Fundação Luterana de Diaconia (FLD); Grupo de Trabalho Missionário Evangélico (GTME); KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço; Universidade Popular (Unipop).

Somos, juntos, o Fórum Ecumênico Brasil.




Igrejas celebram Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

Com o lema "Orai sem Cessar", a Igreja do Brasil se prepara para celebrar a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos a realizar-se de 4 a 11 de maio, em âmbito nacional. Trata-se de uma iniciativa do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic). O ponto alto do evento acontecerá no dia 7 de maio, na Catedral metropolitana de Brasília (DF), com uma celebração especial em Ação de Graças pelo Centenário da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. 

Segundo o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso e arcebispo de Montes Claros (MG), Dom José Alberto Moura, "há 30 anos o evento é realizado de forma mais organizada e intensa, inclusive em diversas paróquias do Brasil e do mundo envolvendo as igrejas evangélicas pertencentes ao Conic".

Para Dom Moura "o evento significa um esforço de compreensão e respeito entre as igrejas cristãs, uma tentativa de buscar a unidade dos cristãos como Jesus Cristo queria 'um só rebanho e um só pastor', no esforço de confiança em Deus".

De acordo com o arcebispo, há grandes dificuldades para vencer as barreiras que separam as várias denominações cristãs, entre elas, as diferenças históricas e tradicionais. Mas ressaltou que existem também pontos comuns que ajudam o ecumenismo entre as igrejas. Para ele, "são esses pontos que possibilitam o estreitamento entre as denominações".

Citou como exemplo de superação das diferenças, o primeiro Encontro de Irmãos Evangélicos e Católicos, que acontece entre os dias 30 de abril e 1º de maio na comunidade Canção Nova, em Lavrinhas (SP). 

Para motivar a semana, o Conic preparou um subsídio que faz um resgate histórico ao centenário da Semana e auxilia nas questões práticas de como fazer o evento acontecer nas comunidades religiosas, escolas, universidades, famílias.

Atualmente, o Conic abrange seis igrejas cristãs: Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Cristã Reformada, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia e Igreja Presbiteriana Unida. 

Seus objetivos são, entre outros: estudar e refletir sobre questões teológicas e outras que se constituam relevantes para a unidade e a missão da Igreja, nomeadamente os resultados dos diálogos interconfessionais; propiciar reflexão e tomada de posição comuns perante a realidade brasileira, confrontando-a com o Evangelho e as exigências do Reino de Deus; empenhar-se na promoção da dignidade, dos direitos e deveres da pessoa humana, criada à imagem de Deus, em busca e a serviço do amor, da justiça e da paz; desenvolver linhas comuns de ação; favorecer o relacionamento com entidades congêneres, nacionais e internacionais.

Os pedidos e informações pelo telefone: (61) 3321-4034 ou pelo e-mail: conic.brasil@terra.com.br

O Deus de todos os nomes e o diálogo inter-religioso (III)



Michel Amaladoss

Em busca de um método

Há duas maneiras de abordar o fenômeno do pluralismo religioso. Uma encara as religiões, por assim dizer, a partir de fora. Pode-se sustentar que essa seja uma abordagem "objetiva", "científica" ou "filosófica". A outra as encara a partir do interior da própria tradição religiosa na qual se crê e com a qual se está comprometido. Penso que esta é a abordagem teológica apropriada. Permitam-me ilustrar isso.

Algumas pessoas vêem a religião, de maneira abstrata, como um esforço para aprender e alcançar o "real" ou como caminho para a libertação humana. As religiões são, obviamente, muitas. Esse pluralismo é, então, abordado com uma estrutura pronta; exclusivismo, inclusivismo e pluralismo. Diz-se que uma religião é exclusiva quando ela reivindica ser o único caminho. É inclusiva se tolera outras religiões, mas com base em condições que ela própria estabelece. É pluralista se aceita muitos caminhos. O conflito inter-religioso só pode ser evitado se se adota uma posição pluralista.

À primeira vista, tal estrutura parece uma ferramenta útil para classificar as teologias da religião. Se olharmos para a teologia cristã, por exemplo,, veremos que alguns reivindicam que a Igreja é o único caminho para a salvação. São os exclusivistas. Outros aceitam um certo papel para as outras religiões, mas sugerem que o cristianismo é o melhor caminho ou tem a plenitude dos meios de salvação. São os inclusivistas. Os pluralistas afirmam que o cristianismo é um verdadeiro caminho para a salvação, mas que pode haver outros caminhos igualmente verdadeiros ou eficazes.

Embora todas as religiões sejam diferentes, elas ao menos desempenham o mesmo papel na sociedade humana. Alguns filósofos até sugiram, cinicamente, que o realmente "real", se é que existe, está, afinal, além de todos estes esforços humanos para o entender e expressar. Essa estrutura constituída por "exclusivismo, inclusivismo, pluralismo" tem dominado o campo da reflexão sobre o pluralismo religioso em anos recentes. Os teólogos da religião parecem sentir-se na obrigação de assumir uma posição em relação à ela. Até teólogos que se recusam a adotar o esquema são forçados a entrar nela. O problema é que poucos crentes em qualquer religião sentir-se-ão à vontade com tal posição pluralista. Não creio que essa estrutura seja uma ferramenta útil para a reflexão teológica. Não podemos ter uma teologia universal das religiões.

Os teólogos da libertação, mais do que outros, estão cientes de que o ponto de partida da reflexão teológica é o compromisso de fé. Isso tem dois elementos. Um deles é a experiência da vida com seus sofrimentos, problemas e perguntas. O outro é uma visão de fé que ajude a pessoa a enfrentar e viver essa vida. A reflexão teológica é uma correlação entre esses elementos que se ligam um ao outro. Tal relação pode levar à transformação mútua. Procuramos transformar a vida à luz de nosso compromisso de fé. Por outro lado, nossa compreensão e expressão da fé também poderão mudar à luz de nossa experiência e nossas lutas.

Hoje em dia, experimentamos o pluralismo religioso não apenas como um fato, mas como um problema. Se desejamos adotar uma abordagem positiva e dialógica para com outras religiões, precisamos encontrar um espaço para as outras religiões dentro de nosso universo teológico. Toda religião precisa fazer um esforço semelhante de dar espaço para outras religiões dentro de sua própria estrutura teológica. Só então elas poderão dialogar no âmbito da fé.

Penso que é nesse âmbito que se pode falar de diálogo inter-religioso real. Não é qualquer espécie de encontro inter-religioso que se qualifica como diálogo inter-religioso. Permitam-me explicar isso.

Continua...

______________________________________________________

Michel Amaladoss é um jesuíta indiano. Diretor do Instituto para o Diálogo com Culturas e Religiões em Chennai. Professor no Vidyajyoti College of Theology, em Delhi. Autor de livros e artigos.

Esse texto faz parte do livro Teologia para Outro Mundo Possível, São Paulo, Ed. Paulinas, 2006, pp 373 a 391; organizado por Luiz Carlos Susin.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Breve história das Religiões




Esta breve apresentação não inclui as inúmeras expressões religiosas existentes nos continentes antes do nascimento e desenvolvimento das chamadas grandes religiões (hinduísmo, judaísmo, budismo, cristianismo e islamismo). Mesmo com essas e outras limitações, ainda assim, é bastante instrutivo no que se refere às necessidades ilustrativas e cronológicas de estabelecer um comparação entre elas. Mas não se esqueça: essa é apenas uma "breve" história das religiões.

Para saber mais visite: Maps of War

quarta-feira, 30 de abril de 2008

segunda-feira, 28 de abril de 2008

O Deus de todos os nomes e o diálogo inter-religioso (II)






Michel Amaladoss


Religiões em conflito

O fato do pluralismo religioso no mundo não necessita ser demonstrado. Que hoje em dia as relações mútuas das religiões sejam conflituosas, mais ou menos hostis, quando não violentas, também é óbvio. Uma olhadela para a história mostrará que o conflito inter-religioso sempre esteve presente. Quando somos as vítimas, chamamo-lo de perseguições que produzem mártires. Por que as religiões haveriam de estar em conflito? Penso que há duas razões inter-relacionadas.

A primeira razão é que a religião é usada como ferramenta política. A política tem uma base social: um grupo, uma nação, um império. A fonte de unidade de tal grupo pode ser externa - como a dominação política ou militar, ou simplesmente, o território - ou interna - como língua, etnia, cultura ou religião.

Quando impérios entram em colapso e estados nacionais surgem, tais princípios de identidade e unidade são, particularmente, procurados. O Egito e a Roma da antiguidade tinham religiões estatais, em que o rei era divinizado. As pessoas que não reverenciavam o rei eram consideradas estranhas, e até inimigos. Quando os imperadores romanos se tornaram cristãos, eles usaram o cristianismo como força unificadora, chegando até, a convocar concílios ecumênicos para assegurar isso.

O islamismo não faz distinção entre religião e política. Mesmo hoje em dia, onde os mulçumanos são maioria o islamisno é a religião do Estado. O cristianismo desfruta de um papel quase oficial na Euro-América - não obstante a recente Constituição européia. O Nepal é um reino hindu. O Sri Lanka, a Tailândia e o Mianmar (antiga Birmânia) são estados budistas. O Japão é xintoísta. Na maioria dos países, os grupos religiosos minoritários são tolerados. O impacto de um certo tipo de cristianismo nas recentes eleições dos EUA é tão conhecido que dispensa comentários. Portanto, a religião é usada como fonte de construção de identidade e comunidade, além de justificar a situação existente.

Estando enraizada em dimensões últimas e até transcendentes da vida, ela talvez seja a mais poderosa força para a coesão social. Os políticos usam a religião, conscientemente, como meio fácil de juntar e unir as pessoas num grupo. Tal unidade abarcaria e transcenderia, até mesmo, desigualdades econômicas e sociopolíticas. As pessoas que pertencem à mesma religião são levadas a achar que compartilham os mesmos interesses econômicos e políticos. Mesmo onde se ratificam os direitos individuais, as relações sociais são determinadas por identidades grupais. Numa democracia majoritária, a religião da maioria é privilegiada.

Histórias recentes que giram em torno de crucifixos na sala de aula, tanto na Alemanha quanto na Itália, ilustram isso. Na Índia, que tem uma estrutura constitucional secular, um partido hindu vem buscando, sem sucesso, a dominação política por uma identificação simplista de cultura, relgião e nacionalidade. A comunidade islâmica, ou umma, procura transcender fronteiras nacionais.

Em tais situações, embora as causas reais do conflito inter-religioso sejam políticas, apoiadas por interesses econômicos, símbolos religiosos são usados para motivar as massas. Pode até ser que os líderes de tais movimentos não creiam, eles mesmos, na religião de que fazem uso como ferramenta política. Mas eles, certamente, jogam com a fé simples das massas.

Outra razão de conflito inter-religioso é que as religiões metacósmicas, reivindicando estar baseadas numa relevação especial de Deus ou na experiência privilegiada de um fundador, consideram-se o caminho único ou melhor para atingir o alvo da vida humana, como quer que esteja descrito. O cristianismo sustenta que Jesus é o único salvador e que todo mundo que é salvo está, de alguma maneira, relacionado com a Igreja. O budismo acentua que o único caminho para o nirvana é a senda mostrada pelo Buda. Os hindus crêem que, quaisquer que sejam as práticas que várias religiões venham a seguir, o único alvo delas é a unidade experencial, não-dual, com o Absoluto.

As religiões estão abertas para as outras, mas com base em suas próprias condições. Até mesmo essa abertura limitada desaparece quando elas são usadas como ferramentas políticas. Radicalizam mais ainda a divisão sociopolítica. O conflito é interpretado nbo contexto de um conflito cósmico contínuo entre o bem e o mal. Nós nos identificamos com Deus, ao passo que o outro, o inimigo, é identificado com o diabo. Então, os outros são demonizados, e a violência contra eles é considerada uma virtude.

As religiões que têm uma tradição sacrificial também podem justificar a maior parte da violência atribuindo-lhe um significado sacrificial. É assim que temos as cruzadas, as jihads e as guerras santas. A essa altura, as pessoas não sentem mais culpa ao matar quem segue uma outra religião; podem até considerar isso um dever sagrado. Estão até dispostas a sacrificar sua própria vida para cumpri-lo.

Qualquer teologia desenvolvida nesse contexto terá um papel duplo. Por um lado, tem de ajudar para purificar e transformar a religião em si numa força libertadora. Por outro lado, tem de tornar a religião uma força de colaboração, e não uma causa de conflito e violência.

Nesse ensaio, em que o primeiro passo, já mencionado, é pressuposto como óbvio, enfocarei a segunda dimensão dos relacionamentos inter-religiosos.

_____________________________________________


Michel Amaladoss é um jesuíta indiano. Diretor do Instituto para o Diálogo com Culturas e Religiões em Chennai. Professor no Vidyajyoti College of Theology, em Delhi. Autor de livros e artigos.

Esse texto faz parte do livro Teologia para Outro Mundo Possível, São Paulo, Ed. Paulinas, 2006, pp 373 a 391; organizado por Luiz Carlos Susin.