terça-feira, 30 de setembro de 2008

Necessidade de tolerância religiosa, pede Santa Sé na ONU



CIDADE DO VATICANO, domingo, 28 de setembro de 2008 (ZENIT.org).- É urgente promover a tolerância religiosa no mundo. Este é o apelo lançado no Conselho para os Direitos Humanos da ONU, em Genebra, pelo arcebispo Silvano Maria Tomasi, observador permanente da Santa Sé no escritório das Nações Unidas na cidade suíça.

Frente à intensificação de manifestações violentas de intolerância religiosa em diversas regiões geográficas, Dom Tomasi – segundo informou a Rádio Vaticano – advertiu que «a impunidade destes crimes, que se dá freqüentemente, transmite a mensagem de que as agressões violentas ou inclusive a eliminação física de pessoas de outra religião sejam aceitáveis».

Há 60 anos, a Declaração Universal dos Direitos Humanos se propunha sustentar o contrário, defendendo «o direito de cada um à liberdade de pensamento, consciência e religião», disse.
O representante vaticano destacou que a Santa Sé expressou preocupação pela discriminação das minorias religiosas, sejam maus tratos sociais, preconceitos políticos ou atos de violência.
Neste sentido, Dom Tomasi pediu que cada Estado assegurasse «uma ação concreta em todos os níveis: legislação nacional, sistema judicial, governo, sistema educativo, meios de comunicação e inclusive nas próprias comunidades de fé». O prelado sublinhou que «leis sobre a blasfêmia podem ser armas a serem usadas contra inimigos pessoais e como desculpa para provocar violência».

Em outra intervenção sua, também em Genebra, na Assembléia dos membros da Organização Mundial da Propriedade Intelectual, o arcebispo Tomasi sublinhou que a Santa Sé está especialmente atenta às dimensões éticas e sociais que afetam e marcam a pessoa e a suas ações.

O prelado reconheceu a necessidade de tutelar a propriedade intelectual e falou a favor de «um equilíbrio na normativa que leve em consideração os países mais pobres e que possa dar valor a suas peculiaridades e à sua identidade».

Aludindo às questões ainda pendentes em matéria de propriedade intelectual, Dom Tomasi sublinhou que quem atua neste campo tem a responsabilidade de «dar sua contribuição a uma cada vez mais pacífica e eqüitativa comunidade internacional».

Fonte: Agência ZENIT

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